RESULTADOS

24/01/2010

ANDRÉ DEL NEGRO E PAULO NAVARRO PARTICIPAM DO 70.3 DE PUCON !!

André del Negro e Paulo Navarro, foram os nossos representantes no tradicional 70.3 de Pucon no Chile, realizado dia 24 de Janeiro. André fechou a prova em 5h15' e Paulo em 5h43' ficando em 42o e 62o respectivamente na categoria 30/34 anos. PARABÉNS AOS NOSSOS DOIS GRANDES ATLETAS !! Dúvidas: trilopez@trilopez.com.br Acompanhe abaixo o relatório do atleta Paulo Navarro: Caros Coachers e Parceiros de Treinos! De volta ao Brasil, cabe o registro desta 1ª oficial experiência esportiva no exterior. O “IronMan 70.3 PUCÓN 2010 – Chile” foi o escolhido, não só pela proximidade familiar, mas tbm pela data e oportunidade de combinar o desafio de uma prova deste porte e conciliar a viagem a visitas familiares. Abaixo, resumo encaminho o feed-back e relatos, entre a aventura da viagem e a prova por si própria. A AVENTURA Viajar ao Chile não seria nenhuma novidade, se esta não fosse uma das primeiras viagens que faço por conta própria, quero dizer: não a trabalho. Como é habito e prática profissional dos últimos 9 anos. A viagem ainda ganhou uma pitada especial, pois seria a 1ª pisada nas terras chilenas de “mi senhora Graziela”. E claro, como STAFF habitual de nossas aventuras esportivas, esta prova ainda seria para ela a curtição de conhecer este país, fator que eu me dediquei para que pudéssemos estender as atenções além da competição. Dentro do planejado a mais de seis meses, executamos a aventura na programação da prova, disponibilidades profissionais e familiares, e dentro do poder $$$... Pudemos embarcar, apenas na 6ª Feira a tardezinha (22/Jan) que antecedia a prova do Domingo seguinte (24/Jan), via aérea até Santiago... onde por volta das 21:30 hs hora local, nos encontramos com 3 primos (tbm aventureiros da genética familiar)... deste encontro até o local da prova (cidade de Pucón), nos separavam aproximados 800 kms... os quais os fizemos das 01hr AM até as 10hs AM do sábado (23/Jan)... naturalmente após uma alimentação com a família. A chegada a Pucón foi corrida, devido ao cronograma do evento entre “Entrega do Kit + Palestra Técnica + Montagem, Regulagem e Entrega da Bike + Reconhecimento do Local” e demais preparativos de todo “esportista adrenado” ... rs Passada a Prova, demos inicio a rodagem pelo sul do Chile, “descemos” mais cerca de 500 kms até a ilha de CHILOÉ, onde visitamos a cidade de ANCUD maior proximidade da conhecida PINGUINERA Chilena (região onde os Pingüins da Antártida se deslocam para reprodução entre os meses de Setembro a Março). Neste trecho, rodamos pela região dos lagos, onde estão três importantes lagos que servem de reservatório de água para a maior parte do Chile... água esta procedente puramente do desgelo da neve de toda a cordilheira e especial dos principais vulcões da região (Villarica, Pucón, Tronador e Pontiagudo, são os principais vulcões de visitação turística, talvez pela imponente vista que proporcionam). Este é um passeio factível de ser realizado em aproximados 4 dias, e possível de ser feito no espírito aventureiro (ou seja, deixa cair a noite para ver onde vamos dormir...). Chegamos a dormir em duas noites em postos de gasolina na beira da estrada... e notamos que não éramos os únicos... ao menos no quesito segurança, é possível encarar com pouco risco. Contudo, a nós, climatizados em país ou região tropical, vale ressaltar a importância de que: o que é verão para eles (locais) é em diversos momentos, o nosso rigoroso inverno!!! Portanto, nunca estará demais roupas e cobertas de inverno. Fica a recomendação e dica da região para uma aventura! Ainda melhor se aliada a nossa paixão pelo esporte!!! A PROVA Esta foi minha 4ª investida sobre as proporções de um “meio ironman”... Neste momento, acumulo a bagagem de 02 anos de triathlon (25 meses mais precisamente desde minha estréia, em treinos solos, no Tri-Olímpico do TB de Dez/07) e os 4 Meios Irons em 14 meses, desde a minha estréia em Pirassununga em Nov/08). Boa ou não, a bagagem começa a dar mais confiança e a criar expectativa para o resultado da prova... contudo, insisto em me cobrar que estou nesta com o foco pessoal e prioritário (talvez até único) de curtir a vida e prazer de atuar nesta modalidade que me identifiquei após cerca de 8 anos de corridas de ruas. Para esta investida, as atitudes reais ficaram para: Comecei o plano e orientação profissional nutricional; passei a treinar com disciplina a musculação / fortalecimento. Desta vez específica ao objetivo Triathlon; Especial e de superação, foi o rigor nos treinos solitários durante as festas de final de ano... nada fácil, e por que não reconhecer: CHATO. Mas agradável (perdoe a contradição), a realização de cumprir com um programa, onde muitos e normais teriam “largado o osso”... No aspecto físico, posso mencionar que passei a sentir diferenças nestes dois últimos meses, fruto do rigor nutricional e de fortalecimento... onde deixei na história, acumulado, aproximados 4 a 5 kilos e algumas medidas ou firmezas que passaram a dar melhor resistência (braçadas na natação e pernas na corrida)... assim como já não sinto costas, lombar e ombros durante os treinos mais longos e em provas. Esta prova é realizada no lago Villarica, o qual está considerado “distante” do vulcão, o qual provoca ainda mais a manutenção da água em “gelo” (os lagos mais próximos, tem o aquecimentos dos lençóis freáticos, o que ameniza a temperatura). No dia da prova as condições da água era de pouco vento, relativamente tranqüila a água, portanto me arrisquei novamente a querer largar na “muvuca”... largamos bem, e na adrenalina, não senti o frio da água... contudo, ao meio da primeira pernada (475 mts), e inconscientemente, passei a sentir falta de ar, o que me tirou totalmente o ritmo das braçadas... momento em que abri para o pelotão passar e em braçadas de peito me aproximei e apoiei a um caiaque... este que já estava ocupado por outro participante, abri a roupa de borracha para entrara água e aliviar a pressão ou temperatura... respirei e lavei os óculos e investi para cima do pelotão de forma progressiva. O percurso é um M de 475 mts cada pernada, fechei a primeira volta (duas pernas = 950 mts) em 18 minutos (ruim e além de minha expectativa)... corri pela areia para o segundo trecho, onde já entrei com mais vontade e com o sangue mais fervente.... fechei a segunda pernada em 16 minutos... totalizando a natação em 35m 52seg. Meia boca pra quem tinha como expectativa baixar os 30 minutos da edição anterior (Beto Carrero em Ago/09). Transição 1 tranquila... apenas longa pela área de transição ser ao longo de uma rua, cerca de 300 mts... Vamos para o pedal... abastecido de alimentos, estreando as rodas ZIPP, e com a tradicional e guerreira bike ROAD de alumínio (Scott S40), respeitei o percurso de desde um principio, pelo anunciado de subidas e ventos tradicionais da prova... são duas voltas de 45 kms... daí tracei: 1ª volta na boa para tentar firmar na 2ª volta... Mantive a alimentação no cronômetro... contudo, algo desde o principio algo me incomodava e não me ferver... passei a notar a falta de suor, que para mim é tradicional e abundante... no retorno da 1ª volta me dei conta o que era... “a temperatura do vento”. Não era a força do vento que me incomodava, sentia que tinha pernas com força para escalar as montanhas e rajadas... contudo, passei a sentir uma incomoda dor de cabeça... na região frontal (nasal)... algo similar ao incomodo de um Ar Condicionado do carro quando o vento forte e gelado bate em nosso rosto e cabeça. Conseqüência: 2ª volta mais lenta do que a primeira e essa sim com força para driblar de algum jeito aquele “marvado” gelo que cutucava minha testa.... totalizando o percurso em 03h03min. Ruim, para quem planejava bater a marca de 02h50min feitos no Beto Carrero. Enquanto isso, o sol brilhava e a temperatura subindo... bom para começar a corrida!... mas 21 kms de avisadas subidas, sem ter a oportunidade de fazer um reconhecimento do local, para um percurso de 3 voltas de 7 kms, passei para a estratégia de: 1ª volta leve / 2ª volta intensa / 3ª volta na raça do suor de sangue! Pude manter esta estratégia na corrida, onde apenas optei no instante da 3ª volta de “escalar na caminhada” as subidas e soltar na gravidade nas descidas, com ritmo máximo possível no plano... totalizei no mesmo tempo do Beto Carreiro (02h00min). Considero bom, se ponderada as condições bem mais difíceis de Pucón se comparada ao Beto Carrero. Apesar de quebrar a evolução de redução dos tempos nesta provas, considero positiva e produtiva a experiência, pois além de toda a aventura e lazer em especial de fazer a prova no exterior, tive uma sensível melhora na condição física e psicológica, as quais me proporcionaram uma rápida recuperação do esforço da prova logo no dia seguinte o desejo de por um treininho leve. Cumprida esta missão! Foco total e especial para rumo ao 1º IronMan... planos confirmados, agora é executar a disciplina na famosa e árdua maratona de treinos... mas agora sim, de volta ao pelotão da equipe trilopense!!! Mas claro! como toda aventura de esportista amador tem que acabar com festa... os 10 dias de regenerativo ficaram contribuídos por “escalada ao Vulcão de Osorno” e a “uma travessia de natação de UMA chegada em piscina” ... claro: não seria travessia, se não fossem os 2 mil metros nadados na maior piscina do mundo. San Alfonso del Mar ( http://www.sanalfonso.cl/ ). Simplesmente MARAVILHOSO! Vale muito a pena. A jornada de uma semana neste local, sem dúvidas seria uma imersão e tanto em natação, onde: não sobra a roupa de borracha pelo gelo da água salgada, abastecida e renovada pelas bombas ligadas 24 hrs por dia diretamente ao mar. Tem uma boa brisa, mas ZERO de maré e vento ao nadador, que deve beirar a piscina, pois os barcos de pequenos portes) navegam e dominam na maior o espaço deste pequeno recinto! Abraços, Beijos, Bons Treinos e Vumbora que queremos mais! Que venha 2010!!! Um ano promissor em superação, especialmente no esporte!!! Paulo Salazar Navarro